O exercício das atribuições inerentes às autarquias locais implica despesas, exigindo uma gestão adequada dos recursos financeiros de que os municípios legalmente podem dispor. Dada a escassez de recursos disponíveis, o endividamento tem vindo a assumir particular importância na gestão municipal, estando o mesmo condicionado pelo respectivo enquadramento legislativo. Face a estas evidências foi elaborado um estudo com o duplo objectivo de sistematização da legislação aplicável às finanças autárquicas e, simultaneamente, efectuar uma caracterização do endividamento municipal na Região Centro, no período 2005 a 2009.
Em termos legislativos, evidenciam-se as duas leis das finanças locais em vigência no período considerado, cujo conteúdo foi explicitado com o intuito de auxiliar a gestão municipal e facilitar a compreensão da temática do endividamento municipal. Adicionalmente, é focada legislação específica respeitante ao sector empresarial local e associativismo municipal, no que concerne ao endividamento, e também a relacionada com programas de apoio ao pagamento de dívidas a fornecedores das autarquias aprovados no período em análise. A análise foi conduzida através do cálculo de indicadores que reflectissem valores médios em dois períodos (2005/2006 e 2007/2009), nos quais vigoraram duas leis das finanças locais No entanto, são igualmente apresentados, por município e NUTS III, os valores absolutos anuais das rubricas do endividamento (Empréstimos, Fornecedores de Bens e Serviços Correntes, Fornecedores de Imobilizado, Estado Administração Autárquica e Credores Diversos).
O valor médio das dívidas a terceiros dos municípios da Região Centro ascendeu a 1.510 milhões de euros anuais, no biénio 2005/2006, tendo aumentado para 1.636 milhões de euros anuais, no período 2007/2009. O Baixo Vouga, o Baixo Mondego e o Dão-Lafões foram as sub-regiões que evidenciaram o maior endividamento médio. Contudo, e uma vez que é de esperar que o nível populacional influencie o nível das despesas e a consequente necessidade de recursos e endividamento dos municípios, optou-se por relativizar aquele indicador pela população dos respectivos territórios. Assim, o valor médio das dívidas a terceiros por habitante dos municípios da Região Centro ascendeu a 633 euros anuais, no biénio 2005/2006, tendo aumentado 8,4%, no período 2007/2009. As sub-regiões do interior norte da região (Serra da Estrela, Cova da Beira e Beira Interior Norte) destacam-se por evidenciarem um peso do endividamento no respectivo PIB claramente superior ao das restantes NUTS III, assim como por apresentarem um crescimento acentuado no valor médio das dívidas a terceiros entre os dois períodos analisados.
Peso médio das dívidas a terceiros no PIB e Taxa de crescimento do valor médio das dívidas a terceiros por habitante |
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Fonte: Cálculos próprios a partir de balanços das Câmaras Municipais, DGAL e INE |
O endividamento dos municípios diz respeito, na sua maioria, a empréstimos de médio e longo prazo, os quais representavam 56,9% do total das dívidas, no biénio 2005/2006, tendo aumentado para 58,1%, no triénio 2007/2009. As sub-regiões que se destacaram por deterem, em ambos os períodos de análise, os valores médios mais elevados de empréstimos de médio e longo prazo por habitante foram a Serra da Estrela (com o máximo a ser atingido por Fornos de Algodres), a Cova da Beira e a Beira Interior Norte (na qual se destacou Celorico da Beira). Em contraposição, os valores evidenciados pelo Oeste e Pinhal Interior Sul foram os mais baixos da região. Adicionalmente verificou-se que não houve alterações significativas no posicionamento extremo dos municípios nas respectivas sub-regiões entre os dois períodos analisados.
Valor médio dos empréstimos de médio e longo prazo por habitante, por NUTS III e municípios com valores extremos na respectiva sub-região 2007/2009 |
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Fonte: Cálculos próprios a partir de balanços das Câmaras Municipais, DGAL e INE |
As dívidas a fornecedores de imobilizado apresentaram uma importância relativa significativa, embora menos expressiva que os empréstimos a médio e longo prazo, tendo atingido 22,7%, no biénio 2005/2006, e 16,5%, no período 2007/2009. Esta foi a única rubrica de endividamento que, em termos absolutos médios, sofreu uma redução na Região Centro entre os períodos 2005/2006 e 2007/2009, o que poderá ser consequência da aplicação dos programas de apoio ao pagamento de dívidas a fornecedores das autarquias (Programa Pagar a Tempo e Horas e Programas de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado). A contrastar com a evolução regional, registaram-se aumentos per capita em 40% dos municípios, com destaque para Constância, Aguiar da Beira, Penacova, Castelo Branco e Porto de Mós.
Valor médio dos fornecedores de imobilizado por habitante, por municipio 2005/2006 2007/2009 |
Fonte: Cálculos próprios a partir de balanços das Câmaras Municipais, DGAL e INE |
O exercício das atribuições inerentes às autarquias locais implica despesas, exigindo uma gestão adequada dos recursos financeiros de que os municípios legalmente podem dispor. Dada a escassez de recursos disponíveis, o endividamento tem vindo a assumir particular importância na gestão municipal, estando o mesmo condicionado pelo respectivo enquadramento legislativo. Face a estas evidências foi elaborado um estudo com o duplo objectivo de sistematização da legislação aplicável às finanças autárquicas e, simultaneamente, efectuar uma caracterização do endividamento municipal na Região Centro, no período 2005 a 2009.
Em termos legislativos, evidenciam-se as duas leis das finanças locais em vigência no período considerado, cujo conteúdo foi explicitado com o intuito de auxiliar a gestão municipal e facilitar a compreensão da temática do endividamento municipal. Adicionalmente, é focada legislação específica respeitante ao sector empresarial local e associativismo municipal, no que concerne ao endividamento, e também a relacionada com programas de apoio ao pagamento de dívidas a fornecedores das autarquias aprovados no período em análise. A análise foi conduzida através do cálculo de indicadores que reflectissem valores médios em dois períodos (2005/2006 e 2007/2009), nos quais vigoraram duas leis das finanças locais No entanto, são igualmente apresentados, por município e NUTS III, os valores absolutos anuais das rubricas do endividamento (Empréstimos, Fornecedores de Bens e Serviços Correntes, Fornecedores de Imobilizado, Estado Administração Autárquica e Credores Diversos).
O valor médio das dívidas a terceiros dos municípios da Região Centro ascendeu a 1.510 milhões de euros anuais, no biénio 2005/2006, tendo aumentado para 1.636 milhões de euros anuais, no período 2007/2009. O Baixo Vouga, o Baixo Mondego e o Dão-Lafões foram as sub-regiões que evidenciaram o maior endividamento médio. Contudo, e uma vez que é de esperar que o nível populacional influencie o nível das despesas e a consequente necessidade de recursos e endividamento dos municípios, optou-se por relativizar aquele indicador pela população dos respectivos territórios. Assim, o valor médio das dívidas a terceiros por habitante dos municípios da Região Centro ascendeu a 633 euros anuais, no biénio 2005/2006, tendo aumentado 8,4%, no período 2007/2009. As sub-regiões do interior norte da região (Serra da Estrela, Cova da Beira e Beira Interior Norte) destacam-se por evidenciarem um peso do endividamento no respectivo PIB claramente superior ao das restantes NUTS III, assim como por apresentarem um crescimento acentuado no valor médio das dívidas a terceiros entre os dois períodos analisados.
Peso médio das dívidas a terceiros no PIB e Taxa de crescimento do valor médio das dívidas a terceiros por habitante |
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Fonte: Cálculos próprios a partir de balanços das Câmaras Municipais, DGAL e INE |
O endividamento dos municípios diz respeito, na sua maioria, a empréstimos de médio e longo prazo, os quais representavam 56,9% do total das dívidas, no biénio 2005/2006, tendo aumentado para 58,1%, no triénio 2007/2009. As sub-regiões que se destacaram por deterem, em ambos os períodos de análise, os valores médios mais elevados de empréstimos de médio e longo prazo por habitante foram a Serra da Estrela (com o máximo a ser atingido por Fornos de Algodres), a Cova da Beira e a Beira Interior Norte (na qual se destacou Celorico da Beira). Em contraposição, os valores evidenciados pelo Oeste e Pinhal Interior Sul foram os mais baixos da região. Adicionalmente verificou-se que não houve alterações significativas no posicionamento extremo dos municípios nas respectivas sub-regiões entre os dois períodos analisados.
Valor médio dos empréstimos de médio e longo prazo por habitante, por NUTS III e municípios com valores extremos na respectiva sub-região 2007/2009 |
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Fonte: Cálculos próprios a partir de balanços das Câmaras Municipais, DGAL e INE |
As dívidas a fornecedores de imobilizado apresentaram uma importância relativa significativa, embora menos expressiva que os empréstimos a médio e longo prazo, tendo atingido 22,7%, no biénio 2005/2006, e 16,5%, no período 2007/2009. Esta foi a única rubrica de endividamento que, em termos absolutos médios, sofreu uma redução na Região Centro entre os períodos 2005/2006 e 2007/2009, o que poderá ser consequência da aplicação dos programas de apoio ao pagamento de dívidas a fornecedores das autarquias (Programa Pagar a Tempo e Horas e Programas de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado). A contrastar com a evolução regional, registaram-se aumentos per capita em 40% dos municípios, com destaque para Constância, Aguiar da Beira, Penacova, Castelo Branco e Porto de Mós.
Valor médio dos fornecedores de imobilizado por habitante, por municipio 2005/2006 2007/2009 |
Fonte: Cálculos próprios a partir de balanços das Câmaras Municipais, DGAL e INE |
O exercício das atribuições inerentes às autarquias locais implica despesas, exigindo uma gestão adequada dos recursos financeiros de que os municípios legalmente podem dispor. Dada a escassez de recursos disponíveis, o endividamento tem vindo a assumir particular importância na gestão municipal, estando o mesmo condicionado pelo respectivo enquadramento legislativo. Face a estas evidências foi elaborado um estudo com o duplo objectivo de sistematização da legislação aplicável às finanças autárquicas e, simultaneamente, efectuar uma caracterização do endividamento municipal na Região Centro, no período 2005 a 2009.
Em termos legislativos, evidenciam-se as duas leis das finanças locais em vigência no período considerado, cujo conteúdo foi explicitado com o intuito de auxiliar a gestão municipal e facilitar a compreensão da temática do endividamento municipal. Adicionalmente, é focada legislação específica respeitante ao sector empresarial local e associativismo municipal, no que concerne ao endividamento, e também a relacionada com programas de apoio ao pagamento de dívidas a fornecedores das autarquias aprovados no período em análise. A análise foi conduzida através do cálculo de indicadores que reflectissem valores médios em dois períodos (2005/2006 e 2007/2009), nos quais vigoraram duas leis das finanças locais No entanto, são igualmente apresentados, por município e NUTS III, os valores absolutos anuais das rubricas do endividamento (Empréstimos, Fornecedores de Bens e Serviços Correntes, Fornecedores de Imobilizado, Estado Administração Autárquica e Credores Diversos).
O valor médio das dívidas a terceiros dos municípios da Região Centro ascendeu a 1.510 milhões de euros anuais, no biénio 2005/2006, tendo aumentado para 1.636 milhões de euros anuais, no período 2007/2009. O Baixo Vouga, o Baixo Mondego e o Dão-Lafões foram as sub-regiões que evidenciaram o maior endividamento médio. Contudo, e uma vez que é de esperar que o nível populacional influencie o nível das despesas e a consequente necessidade de recursos e endividamento dos municípios, optou-se por relativizar aquele indicador pela população dos respectivos territórios. Assim, o valor médio das dívidas a terceiros por habitante dos municípios da Região Centro ascendeu a 633 euros anuais, no biénio 2005/2006, tendo aumentado 8,4%, no período 2007/2009. As sub-regiões do interior norte da região (Serra da Estrela, Cova da Beira e Beira Interior Norte) destacam-se por evidenciarem um peso do endividamento no respectivo PIB claramente superior ao das restantes NUTS III, assim como por apresentarem um crescimento acentuado no valor médio das dívidas a terceiros entre os dois períodos analisados.
Peso médio das dívidas a terceiros no PIB e Taxa de crescimento do valor médio das dívidas a terceiros por habitante |
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Fonte: Cálculos próprios a partir de balanços das Câmaras Municipais, DGAL e INE |
O endividamento dos municípios diz respeito, na sua maioria, a empréstimos de médio e longo prazo, os quais representavam 56,9% do total das dívidas, no biénio 2005/2006, tendo aumentado para 58,1%, no triénio 2007/2009. As sub-regiões que se destacaram por deterem, em ambos os períodos de análise, os valores médios mais elevados de empréstimos de médio e longo prazo por habitante foram a Serra da Estrela (com o máximo a ser atingido por Fornos de Algodres), a Cova da Beira e a Beira Interior Norte (na qual se destacou Celorico da Beira). Em contraposição, os valores evidenciados pelo Oeste e Pinhal Interior Sul foram os mais baixos da região. Adicionalmente verificou-se que não houve alterações significativas no posicionamento extremo dos municípios nas respectivas sub-regiões entre os dois períodos analisados.
Valor médio dos empréstimos de médio e longo prazo por habitante, por NUTS III e municípios com valores extremos na respectiva sub-região 2007/2009 |
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Fonte: Cálculos próprios a partir de balanços das Câmaras Municipais, DGAL e INE |
As dívidas a fornecedores de imobilizado apresentaram uma importância relativa significativa, embora menos expressiva que os empréstimos a médio e longo prazo, tendo atingido 22,7%, no biénio 2005/2006, e 16,5%, no período 2007/2009. Esta foi a única rubrica de endividamento que, em termos absolutos médios, sofreu uma redução na Região Centro entre os períodos 2005/2006 e 2007/2009, o que poderá ser consequência da aplicação dos programas de apoio ao pagamento de dívidas a fornecedores das autarquias (Programa Pagar a Tempo e Horas e Programas de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado). A contrastar com a evolução regional, registaram-se aumentos per capita em 40% dos municípios, com destaque para Constância, Aguiar da Beira, Penacova, Castelo Branco e Porto de Mós.
Valor médio dos fornecedores de imobilizado por habitante, por municipio 2005/2006 2007/2009 |
Fonte: Cálculos próprios a partir de balanços das Câmaras Municipais, DGAL e INE |
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