A CCDRC publica n.º 13 do “Região Centro – Boletim Trimestral”
É ainda apresentada uma breve síntese da evolução nacional e regional ocorrida entre 2010 e 2011.
Ano de 2011
O Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu 1,6% em volume no ano de 2011, após o aumento de 1,4% registado em 2010. Esta diminuição do PIB nacional foi resultado da quebra registada na procura interna, nomeadamente das despesas de consumo das famílias e do investimento.
Entre 2010 e 2011, observou-se também uma taxa de desemprego elevada, tanto em Portugal como na Região Centro e um aumento do nível geral de preços medido pelo Índice de Preços no Consumidor do Instituto Nacional de Estatística (INE). Na Região Centro, a população desempregada fixou-se, em termos médios anuais, em 131,1 mil indivíduos em 2011, o que correspondia a uma taxa de desemprego de 10,3%. O desemprego afetou mais a população feminina e os mais jovens (15-24 anos).
Relativamente à atividade comercial internacional, no ano 2011 registou-se um crescimento dos movimentos de saídas e entradas da Região Centro. Apesar dos resultados positivos nas relações comerciais com o exterior, as dificuldades financeiras das empresas continuaram a agravar-se, tendo-se assistido a uma diminuição dos empréstimos concedidos pela banca e a um aumento do crédito vencido. No entanto, continuou a verificar-se uma dinâmica empresarial forte, tendo-se registado um crescimento de novas empresas superior ao do ano anterior e um aumento menos intenso das ações de insolvência.
Quarto trimestre de 2011
No mercado de trabalho, a avaliar pelos indicadores apurados pelo Inquérito ao Emprego do INE, também se verificou um novo recuo neste trimestre: a taxa de atividade atingiu o menor valor do ano, a taxa de emprego diminuiu e a taxa de desemprego aumentou de forma significativa. O número estimado de desempregados na Região Centro era de 158,9 mil indivíduos, o que resultou numa taxa de desemprego de 12,6%. O desemprego, neste quarto trimestre, afetou de forma mais particular, os homens, os indivíduos com idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos e aqueles que estão em situação de desemprego há 12 meses ou mais.
As empresas continuaram a enfrentar grandes dificuldades no quarto trimestre de 2011. Verificou-se uma diminuição dos empréstimos concedidos às empresas, um aumento do crédito vencido e um crescimento do número de ações de insolvência. Pela primeira vez no ano, neste trimestre, observou-se uma diminuição homóloga do número de novas empresas constituídas. Também a atividade comercial dos operadores da Região Centro com outros países registou um decréscimo
Até ao final de 2011, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), foram aprovados 12.575 projetos na Região Centro, envolvendo um investimento total de 9,4 mil milhões de euros e 4,8 mil milhões de euros de fundos comunitários aprovados. No final do ano, a região mantinha-se assim como a segunda maior beneficiária de fundos comunitários. No Programa Operacional Regional – Mais Centro, neste mesmo período, tinham sido aprovadas 2.760 operações, a que correspondia uma comparticipação de FEDER de 1,4 mil milhões de euros. No final do ano de 2011, a taxa de execução do Mais Centro atingiu 34,7%. O Mais Centro conseguia assim, nesta data, as mais elevadas taxas de execução, de realização e de pagamento entre os vários programas operacionais regionais do Continente.
Uma nota ainda para o desempenho dos Sistemas de Incentivos na Região Centro. Ao longo do ano de 2011, a Região Centro evidenciou um desempenho muito positivo na Agenda Temática da Competitividade, no âmbito do QREN, nomeadamente no que respeita aos Sistemas de Incentivos, o que se tem devido a uma forte dinâmica regional de investimento das empresas da região. No final de 2011, era a região do Continente com maior valor de investimento elegível aprovado. Em termos de incentivos aprovados nos Sistemas de Incentivos, nesta data, era a segunda região (a seguir ao Norte) que mais beneficiava de apoio comunitário, concentrando 34,2% do total de incentivos aprovados no país.
No Boletim é ainda disponibilizada uma análise dos resultados definitivos da maior operação estatística nacional ao nível agrícola, realizada pelo Instituto Nacional de Estatística: o Recenseamento Agrícola 2009. Neste trabalho, é apresentada uma breve caracterização deste setor na Região Centro, assim como da sua evolução na última década.
No ano 2009 foram recenseadas na Região Centro 105.092 explorações agrícolas, correspondendo a mais de um terço das unidades nacionais. As explorações da região ocupavam cerca de 31% do território regional, ou seja, 879.726 hectares, concentrando-se no interior as de maior dimensão.
Na última década, na Região Centro, assistiu-se a um decréscimo de 35,3% nas explorações agrícolas, ou seja, a uma perda média de 5.728 explorações por ano. Tratou-se de uma diminuição mais acentuada do que a verificada a nível nacional onde, ainda assim, se registou uma contração superior a um quarto das explorações agrícolas.
A redução de explorações não foi uniformemente distribuída pela região, tendo sido mais sentida nas sub-regiões do litoral.
Em termos da composição da superfície agrícola utilizada, verificava-se um predomínio das culturas temporárias no litoral e das pastagens permanentes junto à fronteira.
A atividade pecuária e a mão de obra agrícola foram igualmente objeto deste estudo, tendo-se concluído que uma parte significativa da atividade pecuária nacional se encontrava na Região Centro e ainda que na última década, se observou uma significativa contração da mão de obra agrícola.
Para consultar a versão integral do “Região Centro – Boletim Trimestral”, n.º13
A CCDRC publica n.º 13 do “Região Centro – Boletim Trimestral”
A CCDRC publica n.º 13 do “Região Centro – Boletim Trimestral”
É ainda apresentada uma breve síntese da evolução nacional e regional ocorrida entre 2010 e 2011.
Ano de 2011
O Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu 1,6% em volume no ano de 2011, após o aumento de 1,4% registado em 2010. Esta diminuição do PIB nacional foi resultado da quebra registada na procura interna, nomeadamente das despesas de consumo das famílias e do investimento.
Entre 2010 e 2011, observou-se também uma taxa de desemprego elevada, tanto em Portugal como na Região Centro e um aumento do nível geral de preços medido pelo Índice de Preços no Consumidor do Instituto Nacional de Estatística (INE). Na Região Centro, a população desempregada fixou-se, em termos médios anuais, em 131,1 mil indivíduos em 2011, o que correspondia a uma taxa de desemprego de 10,3%. O desemprego afetou mais a população feminina e os mais jovens (15-24 anos).
Relativamente à atividade comercial internacional, no ano 2011 registou-se um crescimento dos movimentos de saídas e entradas da Região Centro. Apesar dos resultados positivos nas relações comerciais com o exterior, as dificuldades financeiras das empresas continuaram a agravar-se, tendo-se assistido a uma diminuição dos empréstimos concedidos pela banca e a um aumento do crédito vencido. No entanto, continuou a verificar-se uma dinâmica empresarial forte, tendo-se registado um crescimento de novas empresas superior ao do ano anterior e um aumento menos intenso das ações de insolvência.
Quarto trimestre de 2011
No mercado de trabalho, a avaliar pelos indicadores apurados pelo Inquérito ao Emprego do INE, também se verificou um novo recuo neste trimestre: a taxa de atividade atingiu o menor valor do ano, a taxa de emprego diminuiu e a taxa de desemprego aumentou de forma significativa. O número estimado de desempregados na Região Centro era de 158,9 mil indivíduos, o que resultou numa taxa de desemprego de 12,6%. O desemprego, neste quarto trimestre, afetou de forma mais particular, os homens, os indivíduos com idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos e aqueles que estão em situação de desemprego há 12 meses ou mais.
As empresas continuaram a enfrentar grandes dificuldades no quarto trimestre de 2011. Verificou-se uma diminuição dos empréstimos concedidos às empresas, um aumento do crédito vencido e um crescimento do número de ações de insolvência. Pela primeira vez no ano, neste trimestre, observou-se uma diminuição homóloga do número de novas empresas constituídas. Também a atividade comercial dos operadores da Região Centro com outros países registou um decréscimo
Até ao final de 2011, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), foram aprovados 12.575 projetos na Região Centro, envolvendo um investimento total de 9,4 mil milhões de euros e 4,8 mil milhões de euros de fundos comunitários aprovados. No final do ano, a região mantinha-se assim como a segunda maior beneficiária de fundos comunitários. No Programa Operacional Regional – Mais Centro, neste mesmo período, tinham sido aprovadas 2.760 operações, a que correspondia uma comparticipação de FEDER de 1,4 mil milhões de euros. No final do ano de 2011, a taxa de execução do Mais Centro atingiu 34,7%. O Mais Centro conseguia assim, nesta data, as mais elevadas taxas de execução, de realização e de pagamento entre os vários programas operacionais regionais do Continente.
Uma nota ainda para o desempenho dos Sistemas de Incentivos na Região Centro. Ao longo do ano de 2011, a Região Centro evidenciou um desempenho muito positivo na Agenda Temática da Competitividade, no âmbito do QREN, nomeadamente no que respeita aos Sistemas de Incentivos, o que se tem devido a uma forte dinâmica regional de investimento das empresas da região. No final de 2011, era a região do Continente com maior valor de investimento elegível aprovado. Em termos de incentivos aprovados nos Sistemas de Incentivos, nesta data, era a segunda região (a seguir ao Norte) que mais beneficiava de apoio comunitário, concentrando 34,2% do total de incentivos aprovados no país.
No Boletim é ainda disponibilizada uma análise dos resultados definitivos da maior operação estatística nacional ao nível agrícola, realizada pelo Instituto Nacional de Estatística: o Recenseamento Agrícola 2009. Neste trabalho, é apresentada uma breve caracterização deste setor na Região Centro, assim como da sua evolução na última década.
No ano 2009 foram recenseadas na Região Centro 105.092 explorações agrícolas, correspondendo a mais de um terço das unidades nacionais. As explorações da região ocupavam cerca de 31% do território regional, ou seja, 879.726 hectares, concentrando-se no interior as de maior dimensão.
Na última década, na Região Centro, assistiu-se a um decréscimo de 35,3% nas explorações agrícolas, ou seja, a uma perda média de 5.728 explorações por ano. Tratou-se de uma diminuição mais acentuada do que a verificada a nível nacional onde, ainda assim, se registou uma contração superior a um quarto das explorações agrícolas.
A redução de explorações não foi uniformemente distribuída pela região, tendo sido mais sentida nas sub-regiões do litoral.
Em termos da composição da superfície agrícola utilizada, verificava-se um predomínio das culturas temporárias no litoral e das pastagens permanentes junto à fronteira.
A atividade pecuária e a mão de obra agrícola foram igualmente objeto deste estudo, tendo-se concluído que uma parte significativa da atividade pecuária nacional se encontrava na Região Centro e ainda que na última década, se observou uma significativa contração da mão de obra agrícola.
Para consultar a versão integral do “Região Centro – Boletim Trimestral”, n.º13
É ainda apresentada uma breve síntese da evolução nacional e regional ocorrida entre 2010 e 2011.
Ano de 2011
O Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu 1,6% em volume no ano de 2011, após o aumento de 1,4% registado em 2010. Esta diminuição do PIB nacional foi resultado da quebra registada na procura interna, nomeadamente das despesas de consumo das famílias e do investimento.
Entre 2010 e 2011, observou-se também uma taxa de desemprego elevada, tanto em Portugal como na Região Centro e um aumento do nível geral de preços medido pelo Índice de Preços no Consumidor do Instituto Nacional de Estatística (INE). Na Região Centro, a população desempregada fixou-se, em termos médios anuais, em 131,1 mil indivíduos em 2011, o que correspondia a uma taxa de desemprego de 10,3%. O desemprego afetou mais a população feminina e os mais jovens (15-24 anos).
Relativamente à atividade comercial internacional, no ano 2011 registou-se um crescimento dos movimentos de saídas e entradas da Região Centro. Apesar dos resultados positivos nas relações comerciais com o exterior, as dificuldades financeiras das empresas continuaram a agravar-se, tendo-se assistido a uma diminuição dos empréstimos concedidos pela banca e a um aumento do crédito vencido. No entanto, continuou a verificar-se uma dinâmica empresarial forte, tendo-se registado um crescimento de novas empresas superior ao do ano anterior e um aumento menos intenso das ações de insolvência.
Quarto trimestre de 2011
No mercado de trabalho, a avaliar pelos indicadores apurados pelo Inquérito ao Emprego do INE, também se verificou um novo recuo neste trimestre: a taxa de atividade atingiu o menor valor do ano, a taxa de emprego diminuiu e a taxa de desemprego aumentou de forma significativa. O número estimado de desempregados na Região Centro era de 158,9 mil indivíduos, o que resultou numa taxa de desemprego de 12,6%. O desemprego, neste quarto trimestre, afetou de forma mais particular, os homens, os indivíduos com idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos e aqueles que estão em situação de desemprego há 12 meses ou mais.
As empresas continuaram a enfrentar grandes dificuldades no quarto trimestre de 2011. Verificou-se uma diminuição dos empréstimos concedidos às empresas, um aumento do crédito vencido e um crescimento do número de ações de insolvência. Pela primeira vez no ano, neste trimestre, observou-se uma diminuição homóloga do número de novas empresas constituídas. Também a atividade comercial dos operadores da Região Centro com outros países registou um decréscimo
Até ao final de 2011, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), foram aprovados 12.575 projetos na Região Centro, envolvendo um investimento total de 9,4 mil milhões de euros e 4,8 mil milhões de euros de fundos comunitários aprovados. No final do ano, a região mantinha-se assim como a segunda maior beneficiária de fundos comunitários. No Programa Operacional Regional – Mais Centro, neste mesmo período, tinham sido aprovadas 2.760 operações, a que correspondia uma comparticipação de FEDER de 1,4 mil milhões de euros. No final do ano de 2011, a taxa de execução do Mais Centro atingiu 34,7%. O Mais Centro conseguia assim, nesta data, as mais elevadas taxas de execução, de realização e de pagamento entre os vários programas operacionais regionais do Continente.
Uma nota ainda para o desempenho dos Sistemas de Incentivos na Região Centro. Ao longo do ano de 2011, a Região Centro evidenciou um desempenho muito positivo na Agenda Temática da Competitividade, no âmbito do QREN, nomeadamente no que respeita aos Sistemas de Incentivos, o que se tem devido a uma forte dinâmica regional de investimento das empresas da região. No final de 2011, era a região do Continente com maior valor de investimento elegível aprovado. Em termos de incentivos aprovados nos Sistemas de Incentivos, nesta data, era a segunda região (a seguir ao Norte) que mais beneficiava de apoio comunitário, concentrando 34,2% do total de incentivos aprovados no país.
No Boletim é ainda disponibilizada uma análise dos resultados definitivos da maior operação estatística nacional ao nível agrícola, realizada pelo Instituto Nacional de Estatística: o Recenseamento Agrícola 2009. Neste trabalho, é apresentada uma breve caracterização deste setor na Região Centro, assim como da sua evolução na última década.
No ano 2009 foram recenseadas na Região Centro 105.092 explorações agrícolas, correspondendo a mais de um terço das unidades nacionais. As explorações da região ocupavam cerca de 31% do território regional, ou seja, 879.726 hectares, concentrando-se no interior as de maior dimensão.
Na última década, na Região Centro, assistiu-se a um decréscimo de 35,3% nas explorações agrícolas, ou seja, a uma perda média de 5.728 explorações por ano. Tratou-se de uma diminuição mais acentuada do que a verificada a nível nacional onde, ainda assim, se registou uma contração superior a um quarto das explorações agrícolas.
A redução de explorações não foi uniformemente distribuída pela região, tendo sido mais sentida nas sub-regiões do litoral.
Em termos da composição da superfície agrícola utilizada, verificava-se um predomínio das culturas temporárias no litoral e das pastagens permanentes junto à fronteira.
A atividade pecuária e a mão de obra agrícola foram igualmente objeto deste estudo, tendo-se concluído que uma parte significativa da atividade pecuária nacional se encontrava na Região Centro e ainda que na última década, se observou uma significativa contração da mão de obra agrícola.
Para consultar a versão integral do “Região Centro – Boletim Trimestral”, n.º13
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